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Portugal deverá ficar com a segunda mais extensa plataforma continental do mundo, logo a seguir aos EUA, admitiu ontem o responsável pela missão científica com a tarefa de recolher dados para fundamentar o reconhecimento de mais território por parte da ONU.
Pinto de Abreu acrescentou que o estudo já feito dos fundos submarinos revela potencialidades sobretudo no domínio da biotecnologia e energia.
Cerca de 10% das riquezas a explorar nos fundos oceânicos do mundo poderão caber a Portugal se a iniciativa de prospecção, exploração e desenvolvimento for sobretudo direccionada para aplicações no domínio da saúde, cosmética e energia. Já há exemplos de moléculas retiradas de esponjas e outros seres do fundo marinho que deram origem a medicamentos para o herpes , o VIH-sida e para anti-cancerígenos. Um mercado de milhares de milhões de euros por ano. No Pacífico, onde não há extensões de plataforma, países como os EUA e a Índia já implantaram explorações destes recursos naturais vivos, o que é feito até 800 metros de coluna de água. Ora, segundo Pinto de Abreu, a exploração portuguesa já recolheu material a mil metros e está dotada dos melhores meios para ir até mais fundo com o pequeno submarino robotizado.
Foram estas potencialidades que também o secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar evocou ontem, numa sessão nas instalações do Instituto Hidrográfico. Disse Marcos Perestrello que esta "conquista territorial" fornece bases para que a iniciativa de empresas sintetizada no documento Hypercluster do Mar se concretize em actividades económicas de vanguarda. Portugal reivindicou dois milhões e 150 mil quilómetros quadrados de extensão da sua plataforma continental.
Eduarda Ferreira
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Fonte: Jornal de Notícias (19 de Março de 2010)
Foto retirada daqui.
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